-
Arquitetos: Deep Origin Lab
- Área: 15 m²
- Ano: 2023
-
Fotografias:Hao Chen, Dong Image, Qinrong Liu
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto está localizado na Cidade da Ciência e Tecnologia de Suzhou, China. Para criar um espaço de arte ecológica na periferia da cidade e responder à ideia da participação comunitária no futuro, o Deep Origin Lab construiu um marco único para o local. O Pavilhão Lucida está localizado na beira da água, com sua planta orientada a leste-oeste. A entrada foi posicionada no lado leste, e paisagem aberta, onde o Porto de Longtan e o Canal Hudong se encontram em um afluente, está do lado oeste.
O projeto propõe uma interpretação contemporânea de materiais e formas no ambiente público de lazer da nova cidade, buscando uma estratégia que possa gerenciar tanto as necessidades de um espaço de artes aberto compartilhado quanto a continuação do contexto histórico.
O protótipo do espaço surge dos edifícios que remetem aos barcos nos jardins tradicionais de Suzhou. Geralmente, são edificações construídas perto da água ou em direção à ela. Suas características semifechadas permitem que a transparência e abertura abracem e absorvam o ambiente circundante. Os elementos sob os beirais são vistos nas arquiteturas convencionais também.
O pavilhão é chamado Lucida por ser brilhante e transparente. Nele, a base de granilite forma bancos e floreiras nas quais é possível se apoiar. O telhado, formado por tubos de vidro, se estende da borda à altura dos olhos, tornando-se assim um elemento arquitetônico que molda a paisagem sobreposta e a paisagem enquadrada, o qual é análogo ao elemento pendente tradicional, tanto em função quanto em forma. Internamente é possível ver através da cortina óptica, e as lacunas entre o vidro, luzes e sombras continuamente mutantes serão percebidas. A parede cortina marcada pela cobertura suspensa ajuda a criar um cenário único de observação interna e reflexão na paisagem urbana circundante.
A mudança de gradiente na altura da viga em arco afeta seu comprimento, o que faz com que os tubos de vidro dispostos de maneira equidistante formem deslocamentos sutis em diferentes níveis na fachada. Isso aumenta horizontalmente a densidade visual do fluxo dinâmico. A forma vertical do tubo de vidro cria uma cobertura a qual remete a um frontão, quase como um lustre de cristal invertido. Suas características também permitem que a cobertura absorva tanto a luz natural quanto a artificial para remodelar sua imagem óptica. A pele transparente e ambígua é tingida pela luz e sombra ao longo do tempo, sobrepondo-se à cidade e à paisagem aquática como uma colagem sincrônica, proporcionando uma nova experiência em um espaço artístico destinado ao público que passeia pelas bordas da água.